O impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde do brasileiro

Estudo revela dados alarmantes sobre alimentos ultraprocessados no Brasil

Sabe aqueles alimentos que vêm embalados em pacotes coloridos e cheios de desenhos?

Muitos deles são ultraprocessados, incluem ingredientes industrializados em sua composição como corantes e conservantes, que são feitos em laboratório.

De acordo com o estudo realizado por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens), Fiocruz, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de Santiago do Chile, o número de mortes ligadas aos ultraprocessados aproxima-se a 57 mil por ano.

No Brasil, o consumo desse tipo de alimento entre 2008 e 2017 teve aumento médio de 5,5%. É o que aponta estudo sobre o perfil de consumidores, divulgado pela Revista de Saúde Pública USP.

A contribuição dos alimentos ultraprocessados ​​na dieta entre sexo e faixa etária dos adultos brasileiros variou de 13% a 21% da ingestão de calorias. Um total de 541.160 adultos com idade entre 30 e 69 anos morreram em 2019. O consumo de alimentos ultraprocessados ​​foi responsável por aproximadamente 57 mil mortes prematuras.

De acordo com o estudo, reduzir a contribuição dos alimentos ultraprocessados ​​para a ingestão total de energia em 10% até 50% poderia potencialmente prevenir 5.900 mortes anualmente.

Esses alimentos, embora sejam gostosos, não têm muitas vitaminas e coisas boas para o nosso corpo. De acordo com especialistas, o corpo humano sofre um desgaste desnecessário e ainda pouco compreendido sobre a digestão e a absorção destes alimentos.  Além disso, contêm muita gordura ruim, açúcar e sal. O que contribui para os desenvolvimentos de doenças como o diabetes, hipertensão e colesterol, verdadeiros vilões para o coração.

 

 O que são alimentos ultraprocessados?

Antes de um produto chegar à prateleira do mercado, ele pode passar por processos industriais que atribuem ao produto a forma que nós conhecemos. São quatro níveis de processamento e, com eles, os riscos associados ao seu consumo: in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados:

1) In natura

São os alimentos sem processamento algum, que chegam ao consumidor final da mesma maneira como são encontrados na natureza. Como as frutas, legumes, verduras, ovos, grãos etc.

2) Minimamente processados

São os que passam por algum processo mínimo de limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, congelamento, fermentação etc. Não há adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias.

Exemplos:  Vegetais e carne resfriados ou congelados; leite pasteurizado, ultrapasteurizado (‘longa vida’) ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar); frutas secas; sucos de frutas sem açúcar ou outras substâncias;

3) Processados

São os alimentos que tiveram adição de algum elemento, como sal, óleo e açúcar, e foram submetidos a alguma técnica culinária, como cozimento. Ainda conseguimos facilmente identificar qual é o ingrediente principal. Neste grupo estão as conservas de legumes, compota de frutas, queijos e pães feitos de farinha de trigo, água e sal.

4) Ultraprocessados

São aqueles em que não conseguimos identificar qual é o alimento que deu origem àquele produto, devido há várias etapas no processo de fabricação até chegar à versão final e, nesse processo, são adicionados muitos outros elementos, a exemplo de gordura trans e aditivos químicos (como espessantes, emulsificantes, aromatizantes, corantes etc.).

 

Veja lista de acordo com o Guia do Ministério da Saúde:

Vários tipos de biscoitos;

Sorvetes;

Balas e guloseimas em geral;

Cereais açucarados para o café da manhã;

Bolos e misturas para bolo;

Barrinha de cereal;

Sopas, macarrão e temperos “instantâneos”;

Molhos;

Salgadinhos “de pacote”;

Refrescos e refrigerantes;

Iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados;

Bebidas energéticas;

Produtos congelados e prontos para aquecimento, como pratos de massas, pizzas, hambúrgueres e extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos;

Pães de forma;

Pães para hambúrguer ou hot dog;

Pães doces e produtos panificados cujos ingredientes incluem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos.

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