O aumento nos preços do café, açúcar e azeite está transformando produtos básicos em verdadeiros artigos de luxo.
O cafezinho, com ou sem açúcar, faz parte da nossa cultura há cerca de 300 anos, tempo em que fincou raízes no País. Hoje, embora o Brasil seja o maior produtor e exportador de café do mundo, o preço não está nada doce.
A alta dos preços dos grãos, que dispararam no mercado internacional e sofreram com a seca histórica que atinge o Brasil, acompanha o açúcar e o azeite, que se tornaram artigos de luxo na mesa do brasileiro.
O preço da saca do café arábica disparou 74% na comparação entre outubro de 2023 e outubro de 2024. Só em setembro, o aumento para o consumidor foi de 4,02%.
O açúcar também sofreu aumento com a oferta abaixo da demanda, graças aos sucessivos problemas climáticos e ambientais. Os especialistas afirmam que a perspectiva é de queda nos preços em 2025.
Outro produto valioso para a mesa brasileira, é o azeite que desde outubro de 2023 ficou pelo menos 50% mais caro, graças à queda de produção e ao aumento do consumo. Este, não tem previsão de queda no preço.
Desta vez a culpa é da estiagem que castiga países como Espanha e Portugal, principais produtores de olivais. Embora o Brasil tenha tentado amenizar a dependência das importações, com pesquisas para adaptar espécies de olivais ao sono nacional e aumentar a produção do mercado brasileiro, o país ainda produz muito pouco.
Como isso afeta a vida do brasileiro?
A alta dos preços de produtos tão enraizados na cultura brasileira provoca mudanças significativas:
- Orçamento mais apertado: O café, açúcar e azeite representam itens básicos que pesam diretamente nas despesas mensais.
- Mudança de hábitos: Consumidores optam por marcas mais baratas ou substitutos de menor qualidade, alterando tradições alimentares e a qualidade de vida.
- Impacto na saúde: A substituição de alimentos como azeite pode levar a uma dieta menos saudável, comprometendo o bem-estar.
- Repercussão no comércio: Pequenos negócios, como cafeterias e confeitarias, sentem o impacto dos preços elevados, o que pode levar a reajustes nos cardápios e até perda de clientes.