Diabetes e Hipertensão são as principais causas para o alto número de transplantes de rins
O Sistema Único de Saúde do Brasil, SUS, tem o maior programa público de transplantes do mundo. A maior fila de espera por transplante é a de rins. Os dados são do relatório do Ministério da Saúde, no total são 42.111 pessoas em busca de doação, sendo 38.908 no aguardo por um transplante de rins, o segundo mais esperado é o fígado, com 2.197 na fila.
De acordo com a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, Fausto Silva, 73, foi inscrito na fila para transplantes em 6 de fevereiro de 2024. Naquele momento ele era o 13º na lista para o procedimento, seguiu as resoluções estaduais e cumpriu os critérios de priorização ao ser submetido ao transplante de rim no dia 26 de fevereiro, disse a Central em nota.
Pacientes que já foram transplantados ou doaram um rim tem prioridade na fila de espera. Isso porque estes pacientes podem desenvolver insuficiência renal devido às cirurgias e complicações pós-operatórias, como infecção e o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.
Não é permitido o contato entre os parentes de doadores e as pessoas que recebem os órgãos. O paciente que precisa passar por um transplante, entra para uma lista de espera que respeita uma série de critérios, que incluem genética, peso e altura entre doador e receptor. Além disso, a gestão dos transplantes no Brasil tem várias camadas de vigilância.
A fila de espera para esse órgão é tão grande na comparação em relação aos outros, que as doenças que levam a perda de função renal são mais frequentes do que outras doenças que levam à perda de um fígado ou de um pulmão ou coração.
O trabalho de divulgação e as campanhas de conscientização para a doação de órgãos, precisa esclarecer a todos, sobretudo as famílias, sobre a legitimidade do processo e a seriedade dos profissionais envolvidos. Ações continuadas que envolvam os profissionais de todos os setores da área da saúde desde a sua formação.
Os testes clínicos são realizados por médicos capacitados para determinar o diagnóstico de morte encefálica, o diagnóstico é realizado de forma segura
A doação de órgãos acontece no momento de muita dor da família e, muitas vezes, em momento inesperado do falecimento. A tomada de decisão é uma escolha que deve ser verbalizada em vida, de modo que fique claro para a família sobre o desejo de doar.
De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, mais de 45% dos familiares que perderam entes queridos se recusaram a fazer doação de órgãos. Para que esta seja uma decisão mais tranquila, o ideal é ir até o cartório para fazer uma declaração dizendo que, em caso de falecimento, é de sua vontade a doação de seus órgãos. Esse documento não substitui a obrigação legal, contudo vai trazer ao parente uma autorização para que a família não seja surpreendida ou influenciada pela emoção.