Estudo revela que a solidão está ligada a atitudes antidemocráticas, afetando mais de 12 milhões de pessoas na Alemanha.
Uma epidemia silenciosa que ameaça a democracia na Alemanha. A solidão é um problema crescente na Alemanha, afetando cerca de 12,2 milhões de pessoas. Estudos mostram que os jovens são os mais impactados, com um quarto dos jovens adultos se sentindo solitários frequentemente.
O estudo “Extrem Einsam”, parte do projeto Kollekt financiado pelo governo alemão, revela que a solidão está ligada a atitudes antidemocráticas, como populismo e crenças em teorias da conspiração. A longo prazo, a solidão pode levar as pessoas a ver o mundo de forma mais negativa e a confiar menos nos outros e nas instituições democráticas.
Os números mais recentes do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) da Alemanha indicam que uma em cada seis pessoas com mais de dez anos de idade se sente solitária com frequência, o que corresponde a cerca de 12,2 milhões de pessoas.
Isso é preocupante porque a democracia depende da participação e do sentimento de conexão com a sociedade. Além disso, partidos populistas de direita oferecem um senso de comunidade, mas também promovem o medo como parte de sua narrativa.
Os psicólogos definem a solidão como a diferença entre as relações sociais desejadas e as reais, distintas do isolamento social.
Os pesquisadores identificaram uma conexão entre solidão e atitudes antidemocráticas, como voltada ao populismo, crenças em teorias da conspiração, atitudes autoritárias, apoio à quebra de regras políticas e à violência.
Raramente a solidão é uma escolha consciente. No entanto, para aqueles que se encontram solitários, é crucial adotar uma postura proativa, procurando ativamente conexões com outras pessoas. Explorar novos hobbies, como a prática de música ou esportes em grupo, pode facilitar o estabelecimento de novos laços sociais.
Ter um animal de estimação, como um cachorro, pode adicionar dinamismo ao cotidiano e proporcionar assuntos para compartilhar com outros amantes de animais. Envolvimento em atividades voluntárias pode transmitir um senso de propósito e utilidade.
Quando a solidão é agravada por insegurança ou baixa autoestima, buscar ajuda de um terapeuta ou de um centro de aconselhamento pode ser benéfico. Em última análise, superar esse desafio psicossocial é também uma forma de cuidar de si mesmo: o bem-estar do corpo e da mente agradecerá por isso.