Com uma cinematografia impecável e uma narrativa poderosa, Cabrini convida a uma experiência imersiva e surpreendente, revelando a inspiradora história da primeira santa imigrante americana.
Imagine assistir a um filme sem ler a sinopse, sem nenhuma recomendação. Só você, a TV e o controle remoto. Foi assim que Cabrini me cativou, uma obra que combina poesia visual e profundidade narrativa para envolver e emocionar o espectador.
A cinematografia de Cabrini é minuciosamente planejada, explorando o jogo de luz e sombra de forma a transformar cada cena em uma experiência visual. A fotografia impecável e os planos bem pensados capturam a atenção do início ao fim, criando uma imersão que permite entender, aos poucos, a complexidade da história.
Cabrini retrata a vida de uma mulher italiana que chegou a Nova York em 1889, enfrentando a dura realidade da desigualdade social que assolava os imigrantes italianos. A protagonista embarca em uma jornada audaciosa e inspiradora, dedicando-se a cuidar de órfãos e imigrantes, oferecendo-lhes dignidade e assistência médica. Em suas palavras, “O mundo é pequeno demais para o que ela iria operar.” A partir dessa convicção, Cabrini constrói um legado humanitário que ecoa até hoje.
A narrativa se aprofunda em temas como resiliência e determinação, revelando o percurso de uma sobrevivente que, apesar de uma saúde debilitada, desafiou as normas patriarcais de seu tempo. O legado deixado por essa figura impressionante culminou em sua canonização pelo Papa Pio XII, tornando-a a primeira cidadã americana a ser nomeada santa e padroeira dos imigrantes.
Dirigido pelo mesmo diretor de Som de Liberdade, Cabrini é uma biografia visualmente encantadora e profundamente inspiradora, ideal para quem busca uma história de superação e coragem
Direção: Alejandro Monteverde
Roteiro Rod Barr, Alejandro Monteverde
Elenco: Cristiana Dell´Anna, John Lithgow, David Morse