A startup que transforma vidas com neuro tecnologia
A neurocientista e engenheira biomédica brasileira, Duda Franklin, jovem, negra e nordestina, é CEO e co-fundadora da Orby, startup que usa neurotecnologia e IA para modular o controle motor e a dor de pessoas que perderam movimentos de parte do corpo.
A empresa desenvolveu um dispositivo de neuromodulação não-invasiva, o Ortec, um aparelho colocado sobre a pele do paciente, sem a necessidade de cirurgia, emite ondas eletromagnéticas que emulam o funcionamento do sistema nervoso. Pessoas com lesão na coluna, por exemplo, conseguem ficar em pé e dar os primeiros passos com ajuda do aparelho.
Esses dispositivos usam métodos que não machucam, como enviar ondas elétricas ou magnéticas suaves para partes específicas do cérebro. Essas ondas são como mensagens que dizem ao cérebro para funcionar de uma maneira diferente, ajudando a corrigir problemas como dores crônicas ou outros problemas que envolvem o funcionamento do cérebro.
A estimulação elétrica funcional pode facilitar a contração dos músculos paralisados e em decorrência de danos cerebrais ou na medula. A IA permite que uma onda específica se conecte com uma área exata. O Ortec está em testes em hospitais como Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Hospital do Amor, em Barretos.
A Startup ilustra um cenário que cresce a passos lentos no mercado: A primeira é a presença de mulheres em ecossistemas majoritariamente masculinos; a segunda é a falta de acesso ao capital de investimento pelas empreendedoras.
A empresa Orby, fundada há dois anos em Natal, no Rio Grande do Norte, recebeu aporte do Black Founders Fund – fundo de investimento do Google para startups fundadas e lideradas por pessoas negras. A iniciativa existe desde 2020 em parceria com a Microsoft for Startups Founders Hub.
