Isenção para rendas de até R$5.000, maior taxação para super-ricos e mudanças no salário-mínimo: saiba tudo sobre o impacto da reforma fiscal proposta para 2025.
O que muda com a reforma da renda?
A isenção do imposto de renda, anunciada por Haddad e amplamente celebrada pelos trabalhadores que recebem renda de até RS 5000,00, ainda será analisada e deve se tornar um projeto de lei em 2025. Para ser aprovada é necessária uma votação expressiva na câmara, que está em contagem regressiva para o recesso de final de ano.
A decisão de não cobrar o imposto de quem ganha até R$5.000 e aplicar uma taxa maior na renda de quem recebe mais de R$50.000 será votada em 2025 para valer no ano seguinte.
Impactos no orçamento
A reforma faz parte de um pacote fiscal que visa aliviar os cofres públicos em R$70 bilhões nos anos de 2025 e 2026.
O governo estima uma economia total de R$327 bilhões em cinco anos.
O que o trabalhador tem a perder?
A proposta busca limitar o reajuste do salário-mínimo, o que impacta diretamente o poder de compra dos trabalhadores. Além disso, prevê restrições ao abono salarial, reduzindo os benefícios pagos a trabalhadores de baixa renda, como a restrição do PIS/Pasep para quem ganha até 1,5 salário-mínimo, com a possibilidade de extinção do programa.
Por outro lado, inclui o aumento de impostos sobre os chamados “super-ricos”, com o objetivo de taxar grandes fortunas e concentrar a arrecadação nesse grupo, promovendo maior equilíbrio fiscal.
Reações ao anúncio
- As ações, que ainda dependem de aprovação do Congresso, buscam conter o rombo nas contas públicas; governo estima uma economia de R$327 bi em 5 anos.
- O mercado, porém, não reagiu bem, e a cotação do dólar bateu recorde. A moeda abriu o dia em alta e chegou a bater R$5,99.
- Analistas pareciam otimistas com o pacote, mas a isenção do IR foi uma surpresa, que também incomodou a Câmara.