Reflexões entre renovação e retorno à rotina após o Carnaval
A Quarta-Feira de Cinzas amanheceu tipicamente nublada em São Paulo encerrando o ciclo festivo e colorido. Para muitos é o fim da alegria com o retorno para a vida cotidiana de trabalho, dedicação e esforço.
Para os católicos a Quarta-Feira de Cinzas e o início da Quaresma, período que antecede a celebração da páscoa, momento em que os cristãos praticam penitências, jejuns e exercitam a caridade.
O Papa Francisco, durante a tradicional Missa de Quarta-feira de Cinzas em uma das sete colinas históricas de Roma, pediu orações silenciosas aos fiéis católicos no período de 40 dias que antecede a Páscoa.
“A vida não é uma peça de teatro: A Quaresma nos convida a descer do palco e voltar ao coração, à realidade de quem somos”, disse Francisco.
As cinzas carregam a simbologia da brevidade da vida. De acordo com a tradição Cristã, do pó o homem veio e ao pó voltará, por isso as cinzas como uma representação da transitoriedade do ser humano na terra.
O cinza, uma cor formada pela fusão do branco e do preto, possui uma rica simbologia que transcende os conceitos de ressurreição, dor e melancolia. Representa o renascimento, associado à renovação presente em mitologias antigas, como a figura da Fênix.
Para os judeus expressa uma profunda dor e para os hindus, a renúncia aos bens terrenos. Além disso, o cinza está relacionado com estados de monotonia, refletindo indecisão e evolução. Enquanto representa um equilíbrio entre o Yang chinês pode ser um símbolo de transformação.
No Brasil, muitos dizem que o ano começa depois do Carnaval, já que as férias acabam perto dessa festa. A Quarta-Feira de Cinzas marca o fim das festividades e o retorno ao trabalho. Alguns, como Deputados e Senadores, voltam ao trabalho só na segunda-feira, tendo mais dias de descanso.